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Vídeodança: Coreografia para solo

03 de Setembro 2015

 

                      Link do vídeo:

 

Pesquisa Movas -SE. Investigação : Planos de composição de André Lepecki - 

 

Através da “política do chão” de André Lepecki, experimentei os planos expostos por ele e me ative ao solo. Os ‘planos de composição’ se encontram no chão e no corpo que se entrecruzam. Eles formam um terceiro objeto. Gravidade, diferença e energia se produzem e imprimem no chão como uma folha de papel em branco pronta para ser desenhada. Além do plano de composição o ‘’plano fantasma’ se exibe internamente no corpo e energicamente no espaço que está sendo habitado dando respaldo ao ‘plano do movimento’ que executa essa historicidade que o corpo e o espaço físico carregam, afinal ambos têm carga histórica sociológica e política. Logo o ‘quarto plano’ se define ao responder pela organização e reorganização desse corpo no meio que habita durante a dança.

Musica: Cansaço - Autoria: Amália Rodrigues - Execução: Nym

Material N*3 : Movas - me

(12 de novembro 2015)


A investigação está rendendo frutos diferenciados e seu campo de pesquisa está se direcionando para o espaço comum e público onde a comunicação relacional é propícia acontecer sem intermediários e as expressões modificadas se fundem com o cotidiano da vida.



Música: Felipe Lopes Ivanicska
Duração: 3:31
São João del Rei - MG 2015

 

Como pode um corpo mover?

A dança acontece a partir de estímulos internos e externos, energias que se presentificam e se materializam em diferentes formas de movimento.

MOVAS - SE

(Início: Agosto de 2015 até os

dias atuais) 

 

A pesquisa MOVAS -SE se trata da investigação do corpo através de uma dança/movimento traçada pelo desejo de exploração e desenvolvimento de autonomia criativa. A teoria ajuda na construção de forma criativa e técnica e o dispositivo principal é a movimentação vivenciada dia após dia de trabalho, desaguando em um material cognitivo artístico de forma autônoma e sem definições prévias de resultado.  As teorias que norteiam minha pesquisa são: 1.Método Cartográfico: Através da experiência do fazer, o próximo passo é definido pela vivência anterior. 2. Pesquisa Somática: (A). Sensibiliza minha indução fazendo com que eu perceba tudo com um olhar apto a experimentar possibilidades durante o trabalho corporal e fora dele para que as ideias não passem despercebidas. (B) Registro artístico, também como material para trabalho indefinido (documento, utilização, observação) 3. Teóricos envolvidos com princípios do movimento como Rudolf Laban e Eugênio Barba.

 

Corpo atravessado

Novembro 2015

 

A dança é o lugar possível de expressar toda carga que carregamos no “eu corpo” enquanto ser atravessado por experiências constantemente diversas. Ele não se engana. Ele apenas é o que se torna todos os dias. Na dança do corpo, tudo é possível. O eu corpo se move de acordo com as respostas que vem de dentro. Das marcas do tempo, do juízo domado, dos questionamentos que travam infinitas batalhas a fim de descobrir o que é e o que pode ser essa casa habitada que se modifica a cada instante. Assim, cada sopro de ação e movimento, são respostas de uma linguagem que define a si mesmo. Todo e qualquer desejo do pensamento, se torna cabível aos membros do ser. Afinal, só o corpo pode responder ao corpo. Logo, só um corpo pode entender outro corpo. 

(29 maio 2016)

Cada um carrega em si uma movimentação individual definida por seu tipo físico, desenvolvimento psicológico e desejos ao longo da vida. O movimento nos sugere um encontro consigo mesmo e o EU-CORPO é a sui generis pronta para o autoconhecimento. Tendo o corpo como sítio de desenvolvimento permanente, a descoberta de si parte da constante realização corpo-mente. Assim é possível se conectar consigo mesmo através de suas expressões interiores que resultam em formas exteriores. Estas que são dadas por meio de pensamentos, não-pensamentos, movimentos, gestualidade, ações. Sempre na tentativa de caráter espontâneo. Movas - SE está em construção desde agosto de 2015 e trás o desenvolvimento de um trabalho onde há encontro com desejos e lugares comuns buscando um corpo tomado por si mesmo. Esse CORPO - DESEJO difere do cotidiano no espaço aberto e público onde mais somos contidos.

(20 de junho 2016)

A dança própria dá vida ao corpo e não só responde artisticamente. Mas se impõe como linguagem individual. Cada gesto, ação e movimento, representa uma resposta/pergunta interna que pulsa e vem diretamente se manifestar de forma viva no corpo. O indivíduo possui entendimento diferente do mundo e por isso fala dele de maneira única. Sua maneira de expressar se da maneira que mais se identifica. Cada gestualidade significa um sentimento de vida. Onde tudo vai e o que ficou para trás está impresso no corpo como uma folha de papel contem escritas de tempo, milenares. Carregamos toda uma vida, a nossa e a dos outros em muitos gestos que definem – nos dentro da humanidade. Respirar é um ato de estar vivo, se movimentar é uma maneira de dizer o que se sente. Onde eu quero chegar com a minha dança? Não sei. Ela me conta muito mais de mim mesma. Ela me responde coisas que jamais eu saberia quais e como perguntar. Não e preciso perguntar, responder ou ter uma finalidade para dançar. O resultado vitalício do corpo é o movimento sem a interferência do pensamento. O corpo fala de coisas que não é possível expressar em palavras. Ele sente e executa amores e dores de todas as épocas. Afinal é um reservatório silencioso de histórias e vivências. A movimentar-se não e preciso elaborar, pensar e preocupar se com a resposta. Pode se deixar ir sem temer julgamentos. A subjetividade vai salvar o homem da matéria que enforma de acordo com padrões. Ouvir o gesto é entender a linguagem da escuta interna. Nada pode se fazer para adiar coisas que não se pode parar. Pode se atravessar o que é possível executar, mas nunca haverá um domínio completo do sentido do corpo sem entender a si mesmo. Ver que o corpo e resultado de milênios de significados, apropriados, inapropriados eticamente. Culpas de linguagem falada e sentidos que responder a sociedade. Só o corpo pode salvar nos através de sua pureza passageira dentro de uma pequena ação física .

Movas - ME: A intervenção foi uma ideia que surgiu de uma dessas experimentações práticas realizadas na rua. Em MOVAS - me a proposta era chamar os transeuntes para que dançassem junto à performer no momento do encontro. As instruções iniciais são dadas e logo acontece a interação. Há duas possibilidades àqueles que topam a empreitada: 1. Movimentar-se de maneira espontânea com movimentos comuns, próprios, cotidianos ajudando o corpo da performer a mover-se ou cantar uma música que significativa para ele para que a performer movesse. O intuito é fazer com que o público, seja a obra em si e/ou faça parte dela e como isso pode ser feito sem intermédio de conversa. Apenas o contato inicial para a aproximação.

Registro: Gabriela Luccenti - Matheus Correia.

Ferrugem líquida

(27 de novembro 2015)

é um pequeno experimento corpóreo que se sujeita à uma obra artística física delimitando e ampliando o potencial desse corpo. Através de suas formas densas, uma das esculturas de Jorge dos Anjos propõe geometrias que trabalhadas, desligam o corpo de seu natural no momento que se encontram. Cada linha, se torna um desafio onde o corpo deve se desestruturar e compor um acompanhamento através de equilíbrio, torções e alongamentos alinhados às proporções dimensionadas da obra. O foco é a alteração do corpo cotidiano que mediado por uma estrutura também não cotidiana ao local (transitório), possibilita um remanejo corporal além dos espaços que conhecemos como comuns.

 

Registro: Felipe Lopes Ivanicska

Experimento: GuardaCORPO

Janeiro 2016

 

Registro: Felipe Lopes Ivanicksa

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